14.7.06



Parece que a gente não consegue se acostumar com tempos de pura calmaria... Se isso acontece, fica meio sem graça e começamos a pensar... "o que fazer hoje?". Ainda pouco, estava pensando sobre isso, quando estamos sobrecarregados de trabalho, cheios de dividas, doentes ou vivendo sob a pressão de algum problema, estamos nos lamentando... Ohhhh vida cruel! Mas, se por acaso, nos sentimos tranquilos... Falta algo para nos abalar as estruturas! Então ficamos com a sensação de vázio. Tenho vivido dias de paz interior, não sinto-me completamente feliz, pois a humanidade não está. São Paulo está virada num caos completo e hoje pela manhã ouvi alguém dizer que "todos os agressores deveriam morrer, como morrem os terroristas" e então pedi a Deus que perdoasse o que estava sendo dito.
O que tem sido feito aos que agem como terroristas? Não é uma questão de defesa minha, mas será que ao invés de construir novos presídios, o melhor não é buscar a construção de um momento novo? Dar direito de voz às pessoas e reconhecê-las como seres de partículas divinas que também possuem missões a serem desempenhadas no mundo? Que voz é essa que tenta falar por meio da grandiosa destruição que vem aparecendo com frequência em tantas cidades do mundo e que tipo de entendimento temos tido disso?
Olho daqui, estou sentada em minha mesa de trabalho, pela janela vejo o sol e no pátio, os seguranças se organizam. Eu vejo o sol... e quantos mais conseguem ver o sol?

Um comentário:

Lucilaine de Fátima disse...

Erlen,
Boa sua reflexão. Mas, sabe porque não nos acostumamos com a calmaria? Porque não somos capazes de aceitar a felicidade. Temos a ilusão de que não foi feita para nós e se por algum motivo as desgraças param de acontecer, o que seriam dos telejornais? Eles não conseguem publicar boas notícias como a do sol que acabou de ver pela janela...

Beijos,
Lu