28.2.07
Cavalo de Tróia? Credo é o fim do PC!
Postado por Erlen Matta às quarta-feira, fevereiro 28, 2007 1 comentários
27.2.07
Doces férias
Acordo por volta das 09h e não consigo me levantar... Oh! generosa preguiça, como é bom aquele cochilo depois que já levantamos para esvaziar a bexiga e voltamos para os lençóis, ai que delícia! Uma caminhada para esticar os músculos ouvindo James Taylor, água de coco pra matar a sede, uma passada na igreja para retomar as forças e uma bela salada no almoço... Cochilão depois do jornal da tarde, música suave para acompanhar, sobrinho para beijar, internet para me atualizar, amigos para teclar, shopping center para peruar e afazeres pouco tradicionais para completar.
Aprendi que tirar férias é fazer o que der na telha sem hora pra terminar...Sentar aqui pra escrever com um perfumado incenso aceso e daqui a pouco, deitar pra adormecer. Não fosse a saudade de meus pais que continuam viajando, as coisas seriam bem melhores. Acontece que meu irmão adoeceu e precisa deles agora, muito mais que eu.... O dia de voltar se aproxima e já tenho saudades desses dias pouco comuns, mas, bastante proveitosos para a mente.
Postado por Erlen Matta às terça-feira, fevereiro 27, 2007 0 comentários
Marcadores: Férias
Juca Mulato
O BBB não tem nada mesmo de cultura, é um ócio puro. Mas, hoje ouvi o Pedro Bial falar sobre Juca Mulato, um famoso poema de Paulo Menotti Del Picchia, escritor paulista, nascido em 1892 e forte participante da era modernista. Seus textos cujos objetos são contemporâneos para nós, me fizeram retornar à leitura de Juca Mulato, e como não podia deixar de ser, o meu sangue das ‘letras’ fervilhou...
Quem não leu precisa ler o texto completo...
Daqui, de meus olhos cansados na madrugada que já se inicia, apenas resgatarei alguns versos:
(...)
“Que delícia viver! Sentir entre os protervos renovos se escoar uma seiva alma viva na tenra carne a remoçar o corpo moço..."
(...)
“Fechar ao mal de amor nossa alma adormecida é dormir sem sonhar, é viver sem ter vida... Ter, a um sonho de amor, o coração sujeito é o mesmo que cravar uma faca no peito. Esta vida é um punhal com dois gumes fatais: não amar é sofrer; amar é sofrer mais”!
(...)
“Fascinação!
Tudo ama! As estrelas no azul, os insetos na lama, a luz, a treva, o céu, a terra, tudo, num tumultuoso amor, num amor quieto e mudo, tudo ama! tudo ama!
Há amor na alucinada fascinação do abismo, amor paradoxal, humano e forte, que se traduz nas febres do sadismo, nessa atração perpétua para o Nada, nessa corrida doida para a Morte”.
(...)
"E a vertigem do amor, fascinadora, tudo arrasta, fantástica, nos braços e a terra que palpita, canta e chora, ora imersa na treva ora imersa na aurora, leva através do Tempo e dos Espaços"...
"Antes de amar eu dizia: para cortar na raiz esta constante agonia preciso amar algum dia, amando serei feliz".
"Amei... desventura minha! Quis curar-me e piorei. O amor só mágoas continha e aos tormentos que já tinha, novos tormentos juntei". (...)
Postado por Erlen Matta às terça-feira, fevereiro 27, 2007 0 comentários
Marcadores: Cultura
21.2.07
Adeus primo estrela...
Meu primo Heber se foi, virou estrela e dói o meu coração. Se ontem eu não sabia o que dizer para a minha amiga Valéria, hoje, sinto-me com a mesma dor.
O que guardo na lembrança são os dias de alegria que já vivemos juntos, o seu sorriso faceiro e a luta pela vida. Nossas cervas em Manaus e nossas conversas animadas pelo msn.
Primo, que saudade vou sentir de ti!
Cabe-me acreditar, com muita fé, que os dias de chuva não me valem alegrias, mas que os dias de estrelas serão para sempre os teus... Que a saudade será amortecida na lembrança, cada vez que eu olhar para o céu e conseguir receber o afago teu que virá em forma de claridade e paz!
Cada estrela será pra mim como uma luz que me enviará para curar essa dor de perder-te!
SEGUE COM A CERTEZA DA MINHA TRISTEZA.
AMO-TE PRIMO! E PARA SEMPRE...
Postado por Erlen Matta às quarta-feira, fevereiro 21, 2007 1 comentários
Marcadores: Saudades
20.2.07
Dias de estranheza
Hoje, acordei e achei o dia muito estranho...
Nuvens negras tomavam conta do céu de Brasília e, sinceramente, dias assim não são muito bons pra mim. Estou sozinha em casa há quase dois meses, desde que meus pais foram visitar meu irmão que vive em Vila Velha no Espírito Santo e minha irmã caçula inventou que vai morar no Rio e se foi...
Mas, nunca tive muito medo da solidão, penso que, ao mesmo tempo em que me dói, me auxilia a pensar com mais amor no quanto me fazem falta meus pais e irmãos. Acho justo que meus pais fiquem um tempo com meu irmão e também que saiam vez ou outra para se distraírem um pouco.
Nessa angustia de dia cinzento, pensei em dar uma volta em algum lugar e, normalmente, o que faço é ir direto para um Supermercado... Eu adoro Supermercados... Mas, estava tudo fechado. Já tinha passado na casa de uma velha amiga e chamei ela e o filho Lucas de 8 anos, que estavam comigo fazendo essa ronda por Brasília. Rodei e fui parar na Feira Hippie, estava um sol quente que chegava arder na pele. Comemos um delicioso acarajé na velha baiana que agora dorme sentada, coitada... comentei com a minha amiga quantos anos aproximados ela deve estar trabalhando ali naquela barraca... eu era apenas uma garota e ela já estava ali, a baiana e seus colares, seu turbante e suas vestes brancas... Cochilava como quem não tinha dormido bem à noite.
Passeamos muito pela feira, paramos em quase todas as barracas e cada coisa tinha um valor inestimável do toque das mãos de alguém, o imperceptível que muitas vezes não nos permitimos admirar, foi hoje uma decisão tomada por nós, assim, de uma hora para outra... Eu e minha amiga nos lembrávamos da época em que éramos adolescentes e juntávamos dinheiro para ir à feira gastar com bugigangas... Foi um passeio simples, porém, muito gostoso.
Na volta, paramos numa sorveteria e completamos nossa alegria com deliciosos sabores!
Locadora, um filme de quebra, sorrisos... E eles dois foram para casa.
Sinto-me mesmo inquieta, resolvi trocar os móveis do meu quarto de lugar, rasguei papéis velhos, joguei coisas no lixo...
Minha mãe acaba de me telefonar, em seguida meu irmão e depois, minha tia/madrinha....
Parei para escrever aqui, um pouco do meu sentimento que se confunde com tristeza e dia recompensado.
Como disse Adélia Prado: “Há dias em que Deus me tira a poesia, olho pedra e vejo pedra mesmo....”.
Hoje, Ele misturou minha poesia.
Postado por Erlen Matta às terça-feira, fevereiro 20, 2007 1 comentários
Perdas e palavras
Na verdade, fiquei estarrecida. Que tipo de palavra pode-se usar numa hora como essa? Que ninguém me pergunte, pois, eu realmente não sei. O dia amanheceu cinzento e, em dias assim, sempre fico com a sensação que alguém está partindo e se despedindo daqui... De um lugar que não é exatamente o que desejamos, mas é o lugar onde conseguimos avistar as pessoas que amamos.
Fico triste, sei que é uma dor insuportável, da mesma forma que sei que Deus, onde está, toma de empréstimo aqueles que amamos, que são bons e que iluminam o céu como estrelas que cintilam...
Valéria, amiga, eu queria muito te dizer muito mais!
Um beijo no seu coração.
Postado por Erlen Matta às terça-feira, fevereiro 20, 2007 0 comentários
Marcadores: Saudades
18.2.07
Sol e chuva, casamento de viúva!
Postado por Erlen Matta às domingo, fevereiro 18, 2007 2 comentários
17.2.07
Solidão, carnaval e descanso
Fazer o que né? Se eu pudesse e se meu dinheiro desse... Estaria lá em Itatiaia, curtindo uma cachoeira maravilhosa... Eita vidão!
Roseane, Brasília está que é pura chuva, viu? Não sei na Alemanha como está o clima, mas aqui... é água!
Postado por Erlen Matta às sábado, fevereiro 17, 2007 1 comentários
Felicidade inalcansável
Bom, tudo bem, não dá para generalizar, mas eu escuto algumas coisas que me deixam até desanimada. Parece mesmo que algumas pessoas lutam para viver bem e o resultado alcançado não é satisfatório. Em se tratando de relacionamentos, nossa, ai é complicado.
Tenho alguns amigos e amigas que estão fazendo de tudo e a conclusão desse tudo é quase nada de felicidade.
Os casamentos viraram instituições, sociedades difíceis de serem desfeitas e com o medo do rompimento e da divisão de ‘cotas’ ou bens, dos filhos, da casa e tudo mais, vão se submetendo a viverem como reféns de suas casas, dos horários impostos e até de se mesmos. A verdade começa a ser mascarada e a mentira começa a tomar conta dos espaços e o resultado disso é a insatisfação.
Da mesma forma que desejam sair para alcançar o estágio de privacidade, vão se mantendo dentro refugiados nas pequenas lacunas que ainda não foram ocupadas e o amor tornou-se um sentimento ligado à manutenção do que agora chamo de sociedade indissolúvel.
Literalmente, quem está dentro quer sair e quem está fora quer entrar. A busca por si mesmo tornou-se uma prática alienada, porque se há a identificação do fracasso, as pessoas vão tentando descobrir o que está errado, são terapias alternativas que não trazem o ‘eu’ de volta e essa falta do reencontro consigo mesmo faz com que a caminhada se prolongue, o que deixa o sonhado reencontro cada dia mais longe do ponto inicial.
É lamentável que o estar com o Outro que amamos não seja mais para construir coisas boas, sentimentos de construção e evolução, mas, de tentativas de colagem dos cacos...
E ainda tem gente que me pergunta o porque não casei até hoje! Mas, dá pra casar? É tão difícil o dividir dos espaços que, eu confesso, não tenho coragem de arriscar. Esse dar e receber nos relacionamentos são dois verbos de, quase insuportável, conjugação.
E assim, vou seguindo... Creio que encontrar um amor para ser feliz é algo fascinante, desfrutar do envolvimento sem culpa e que trás alegrias por estar junto é maravilhoso... Porém, tenho sempre perguntado, quantas lindas histórias de amor ainda existem? São tão poucas que causa espanto...
Postado por Erlen Matta às sábado, fevereiro 17, 2007 1 comentários