5.9.07

Eu sou mais eu!



A baixa auto estima é um sentimento que massacra as pessoas e o pior é que muitas delas não se dão conta disso. Todo mundo tem um dia de baixa da auto estima, é claro! Mas, conheço pessoas e é triste perceber isso, que são 24 horas cabisbaixas. Chegam mesmo ao cúmulo de atribuir suas dores e angústias aos outros, espalhando os sentimentos de incompreensão e lamúrias.

Dia desses li uma matéria interessante que dizia: “Para ser feliz, é necessário que a auto estima esteja num bom nível. Quanto mais, melhor! A mulher que tem uma boa auto estima lida de forma mais adequada com suas tarefas do dia a dia: cuida melhor do lar, do marido, dos filhos e, principalmente, dela mesma. Ela aprende a falar não, porque tem mulher que quer fazer tudo por todo mundo e esquece de si e isso não é bom, pois ela acaba fazendo coisas que não lhe agradam".

"Para ser feliz é necessário que a auto estima esteja num bom nível"

Acredito hoje, que cada um escolhe a maneira com que deseja ser visto e recebido pelos outros. Lembro-me que, antigamente, eu também não era nenhum ser iluminado e bem recebido pelas outras pessoas, percebia mesmo que algumas delas tinham até um certo receio da minha presença, pois, eu transmitia uma altivez tamanha que chegava a encabular os outros ao redor.


Infeliz com isso, comecei a inverter as coisas e ao invés de esperar que as pessoas mudassem a maneira de lidar comigo, comecei eu mesma a mudar a minha forma de me comportar e de lidar com elas. Reclamar que ninguém percebe a nossa presença é fácil, mas, perceber que não temos feito força alguma para sermos notados é algo quase que impossível.

A autoculpa e a vitimização de si mesmo faz com que avance a cegueira que impossibilita de enxergarmo-nos no espelho, para autoperdoarmo-nos. Daí que ao estarmos diante de nossos próprios erros, tornamo-nos arredios em pontuá-los um a um, para então tentarmos consertá-los. É como se fossemos tomados por um certo tipo de ‘preguiça’ de recomeçar e acabamos nos acomodando como estamos para não termos que retomar os assuntos que não estamos dispostos a discutir.

Rediscutir consigo mesma todos os nossos ‘pequenos’ deslizes nos causa dores grandiosas, mas, não rediscutí-los nos torna facilitadores das dores de outros. Sofrimento duplo – o sofrer por si mesmo e o sofrer pelo outro, quando somos nós os criadores de ambas as dores.

Nós queremos o amor do outro, mas, não nos permitimos amar e sermos amados. Queremos a atenção do outro, mas, não paramos para entendê-lo e amá-lo e colocamo-nos no lugar de vítimas de si mesmos.

Um dia a gente acorda, toma coragem e começa a mudar. Leva algumas cassetadas, afinal nem todo mundo entende as mudanças repentinas que promovemos, e vamos tentando firmar o nosso propósito de sermos novos e iluminados seres humanos.


Chegar e sair dos lugares sentindo a disposição de voltar por sentir o amor e o carinho dos amigos é fundamental e por isso, aprendi a ser diferente.

Na mesma matéria sobre a auto-estima, um trecho me chamou muito a atenção: “Sair-se bem em qualquer situação, ser mais assertiva, driblar a timidez e ter coragem para ousar não são tarefas fáceis. Afinal, quem não tem aquela pontinha de insegurança e um certo medo de errar? Mesmo assim, saiba que você deve se arriscar, porque acreditar em si mesma é essencial para o seu ego. Alçar vôos, no entanto, exige um certo desprendimento. E a primeira coisa da qual você deve se libertar é da preocupação com a opinião alheia. É bem verdade que ninguém consegue agradar a todos.”

E para não deixar de lançar mão dos ditados populares “Nem Jesus Cristo conseguiu agradar a todos”. Portanto, o grande lance mesmo é viver cada dia, não esquecendo de respeitar cada um e suas opiniões. Não serão todos que caminharão ao nosso lado, mas, sendo poucos e cheios de amor, já serão suficientes...

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