12.9.06

Quantos amigos você tem?


Parecia um dia comum de rotinas costumeiras, até que alguém ontem à noite me fez uma pergunta:
Quantos amigos você tem? Caramba! Pensei que fosse fácil responder e rodou um filme na minha cabeça...
Sobre os amigos, eu disse que tenho vários, alguns por perto e outros distantes. Aqueles que não nos falamos sempre, mas que quando a saudade aperta preciso sair em busca deles de qualquer maneira. Tenho amigos especiais, pessoas a quem costumo dedicar-me por afinidade, religiosidade, irmandade, solidariedade e por considerar fundamental a minha proximidade à vida deles. Isso assim, sem o mínimo de modéstia! Penso ser uma responsabilidade espiritual, uma demonstração de fé, mas não faço isso por obrigação... E sim por amor mesmo. Por essas pessoas, esses meus amigos especiais, eu faria qualquer coisa, fosse ela material ou não. Daí veio uma outra pergunta ainda sobre o assunto.
Quantas são essas pessoas? Puxa, não consigo contabilizar... Mais de 10? De 20? Não sei! Algumas que passaram pela minha vida e deixaram suas marcas positivas, algumas que ainda não vi, mas que também já deixaram suas lições e histórias de vida.
Fiquei com o seguinte questionamento: O QUE ENTENDO POR TER UM AMIGO?

Uau... estou pensando até agora sobre isso!

Será que tenho sido amiga dos meus amigos?

Amigo é só essa pessoa que fica perto quando a gente chora e ri, que te abraça e diz:
- Sai dessa, vamos tomar uma skol!? Amigo é apenas essa significação fotográfica entre passado, presente e futuro, que a gente consegue visualizar quando para e recorda momentos?
Quem é meu amigo?

E comecei a tentar listar pessoas e daí fui vendo que tem gente pra caramba que considero como amigo, porque na verdade, o meu desejo de ajudar as pessoas a não sofrerem me faz estar ao lado delas e aos poucos tornam-se meus amigos... Daí, comecei a sentir medo de estar com uma idéia meio vaga do que é ser amiga das pessoas.

Será que não tenho amigos e estou acreditando que sou amiga das pessoas?
Ufa! Que desgaste emocional pensar sobre isso.

Tentei encontrar um 'conceito' sobre amigo, fui buscar Vinicius e li, reli, tresli como diria o velho Nunes, até que encontrei um trecho que me deu luz: "Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade."
Então, com essa expressão do poeta cheguei a conclusão de que tenho alguns amigos. Não saberia precisar quantos são... Uma 'pá' deles e é certo que não falo ou estou com muitos deles todos os dias, mas que estão com suas moradas no meu coração... ahhh isso estão! Tenho amigos primos, gays, coloridos, evangélicos, católicos, kardecistas, messiânicos, ateístas, comunistas, direitistas, PeTistas, intelectuais, depressivos, bipolares, brasileiros, PESSOAS...
Tenho também o meu cãozinho Théo que pra mim é muito mais que um amigo, é puramente fiel.
OBRIGADA AOS MEUS AMIGOS!
PRINCIPALMENTE, POR TEREM QUE ME AGUENTAR!

5 comentários:

Caroline Rodrigues disse...

Muito bacana seu texto. Acho que a pergunta crucial é: de quantas pessoas sou amiga? Porque, no fundo, no fundo, nunca sabemos realmente quem são nossos amigos até precisarmos deles de verdade. Concorda?
Bjuuuuuuuuuu

Erlen Matta disse...

Carol,
Acho que vc tem mesmo razão...
Beijo!

Lucilaine de Fátima disse...

Gostei do seu texto. Mas, realmente é difícil contabilizar. Ainda mais que existe hoje essa coisa de relação virtual e a gente acaba se envolvendo e tornando-se amiga da pessoa que está do outro lado da tela.
Não sei se estou na sua lista, mas, te considero uma grande amiga. Jamais esquecerei o mês de julho e o quanto foi presente...

Continue sendo como é e esqueça as contas...
Beijo,
Lu

Anônimo disse...

Olá Erlen!!!Gostei do seu blog.Estava devendo uma visita em uma de suas postagens ( as lavadeiras de Alagoas), em que Graciliano Ramos dá sua visão do que é escrever e do uso da palavra que creio para dizer algo deve estar viva no escritor e no leitor. Há muitas palavras mortas, mas quem as cria,muitas vezes mata também. Que a palavra signifique a expressão maior do escritor para o leitor. Que a palavra forme escritos e discursos sem apelos sofistas.Não é apenas arte de escrever e manter um texto enxuto.É a arte de manter a aplavra fiel a sua origem. A palavra surge no íntimo do homem e a construção dela passa pelo filtro de conceitos subjetivos.Que a alma seja a raiz da palavra, pois assim o homem tornar-se-á digno de expressá-la, seja na escrita,na oralidade.


Um beijo,

Davi

Erlen Matta disse...

Davi,

Creio que vc tenha dito tudo sobre a palavra... quando tratou de firmar o conceito subjetivo!

Beijo
Obrigada por visitar meu blog...
Volte sempre!