6.4.06


Conforme escrito pelo Fiuza em seu livro "difícil é chegar ao diagnóstico e aceitá-lo", mas ao chegarmos até ele, temos que parar e olhar para frente, pensando nos dois caminhos a seguir:
1. o mais difícil, longo e de final certo - o da negativa ao tratamento - o do desespero e o outro
2. o mais doloroso, porém descobridor, o que costumo chamar de "lavador de alma", "destrinchador de pessoas", caminho do tratamento, da psicoterapia - encarar o psiquiatra de frente e assumir o seu caos interno - o da positiva ao tratamento.
Confesso que não é fácil e eu estou há apenas 10 meses nesse caminho. Sou a bipolar que os psiquiatras consideram estar fora da linha psiquiátrica daqui há alguns anos, pois sou produtiva e perfeitamente aceitável pela sociedade. Mas, internamente, comigo, sei o quanto já sofri.
Hoje, depois do tratamento sou um novo ser a cada dia e tenho curado feridas, o que me deixa mais feliz...
Fico feliz por receber mensagens de pessoas interessadas no assunto. O livro do Fiuza me ajuda muito e ainda me lembro de ter lido os dois primeiros capítulos em dezembro de 2005 e ter passado uma noite inteira chorando com o seu dramático depoimento do Rambo.
Considero-o um vencedor, alguém que não teve vergonha de mostrar-se, e a sua solidariedade está exatamente nisso, na ajuda em que pode dar aos que compartilham da mesma dor.

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